Todos os direitos reservados são públicos 1 Todos os direitos reservados são seus. São meus. São de todos. Onde estão os direitos reservados? Na ci- dade – complexo organizado de no- vas cenografias urbanas – chegam e saem linguagens, pessoas, símbo- los, ícones, heteromobilidades. Transitamos o meio ambiente urbano sem perceber os seus con- tornos. Suas margens. Muitas vezes, nosso tempo tão pouco prático e muito funcional nos retira da cena e não mais encontramos e reconhe- cemos em nossa cidade sentidos de comunicação. Ou há tanta profusão, que é preciso senso e percepção para entender o que comunicamos. Na contemporaneidade, a impressão que se tem é de estar sempre em treinamento porque a velocidade e o volume de informações é uma es- piral crescente de zero dimensionais. Não há quem não se pergun- te se estaríamos entrando em uma “era da imagem”, na qual a produ- ção e difusão do conhecimento se dão muito mais por meio de ima- gens do que de palavras. A cidade é suporte? E de que maneira permite novas práticas verbais e visuais? Com o financiamento do Fumproarte 3 para a produção de dois encontros e quatro edições (cada uma com eixo temático), a revista Urbe tem como missão edi- torial tornar públicas as ideias, opi- niões, interpretações sobre a cultura visual urbana e a contemporaneida- de, construídas do ponto de vista de críticos, pesquisadores, acadêmicos, especialistas e artistas, com textos de caráter reflexivo. Gerar conteú- do capaz de orientar o leitor na sua compreensão da dimensão cultural, social e econômica da arte urbana que é produzida na forma de gra- fite, stickers, lambes, apropriações, assemblages, vídeos, fotografias, po- esia, moda e urbanismo, colagens, estêncil, performances , animações, escrituras digitais ou mesmo a boa e velha manifestação poética e visual transgressora ou não. O HOMEM CRIOU UMMUNDO DE IMAGENS PARA MEDIAR ENTRE ELE MESMO E O MUNDO DOS FATOS 2

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