Revista Sesc Arte e Educação 2022
vés do seu corpo, de sua percepção e sensações. Para que isso se tor- nasse possível foi preciso organizar espaços com diferentes materialida- des explorando suas características e possibilidades junto das crianças, criando um ambiente potente onde o criar é desejado e valorizado. Em nossa compreensão não pro- porcionamos apenas técnicas, pro- postas estéreis, momentos ou ativi- dades isoladas de mera exploração de materiais. Essa perspectiva em geral reflete situações escolariza- das que tendem a simplificar e em- pobrecer a aprendizagem pela arte, ou ainda, visando apenas um fazer ou um “produto”. Provocar convites que fortaleçam o imaginário infantil exige dedicação. Em nossa jornada na escola buscamos promover uma educação estética, o que implicou também, na necessidade de uma postura do educador compreenden- do sua posição de mediador nes- te processo, um lugar de docência comprometida com as infâncias, de alguém que estuda, pesquisa, obser- va e conhece seu grupo de crianças a tal ponto de viabilizar situações e convites desafiadores, significativos e envolventes Neste contexto a educadora Dé- bora Amaro Corrêa, responsável pela turma, começou a investigar o dese- nho como forma de expressão das crianças, propondo e organizando vivências e situações de aprendiza- gem em que os meninos e meninas interagissem com os múltiplos sabe- res em seu cotidiano. Assim, a partir do planejamento e de seus registros, ela foi tecendo caminhos onde os convites instigavam todo o corpo a experimentar e explorar o ambiente 7 EDUCAÇÃO INFANTIL Revista Sesc de Arte Educação vol.2 2022
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