troca a sua própria presença como vetor de reação a esta sociedade moderna que, segundo Baumann 2 , dedica-se a “individualizar” seus membros colocando-os fora de sua natureza e desesperadamente nela. A revista URBE tem como missão editorial tornar públicas as ideias, opiniões, interpretações so- bre cultura visual urbana e contem- poraneidade construídas do ponto de vista de críticos, pesquisadores, acadêmicos, especialistas e artistas, com textos de caráter reflexivo. A #5 – Intermitências Urbanas inaugura o desdobramento do pro- jeto urbe com o financiamento do Fundo de Apoio à Cultura (PRÓ- -CULTURA RS FAC) e discute proces- so criativo e ativismo urbano, como no artigo A cidade é galeria de Eduardo Srur {04} , para quem a cidade é laboratório e pesquisa. TONY DE MARCO {12} propõe percurso pela cidade ao descrever sua trajetória artística e suas inter- venções no artigo Um caso de amor com a cidade . Chá em Ararat , de CELMA PAESE {19} , analisa transformações de lugares e seus significados como prática de deriva, conhecimento e reconhecimento cartográfico de suas vivências. Circuito Montagem, preparando espaços para cocriar uma cidade sensível é o artigo de DANIEL CAMINHA {23} , que reflete sobre a necessidade de nos ocupar- mos em desenvolver melhores con- dições de vida na cidade, ambiente coletivo que compartilhamos. Desconstruções do invisível , de DÉBORA FANTINI {28} , revela uma visibilidade absoluta que cega – o ideal estético do muro branco ou a publicidade onipresente – e lampe- jos que fazem aparecer, ainda que de forma intermitente, o invisível em nossa sociedade. CAMILA FARINA e TIAGO LOPES {35} , a partir do olhar sensível analó- gico-digital do outro como exercí- cio de percepção do urbano, fazem uma leitura de relações em Cidade Transmídia: personagens que nos conectam ao espaço urbano . Em Cultura visual na era da reciclagem de si mesmo , JANARA LOPES {40} faz uma análise de so- brevoo da distância cada vez maior entre o que acontece na rua e o que acontece na arte. Como sugere Daniel H. Pink 3 O futuro pertence a uma espécie diferente de pessoas, com menta- lidades muito distintas – criativas e solidárias, reconhecedoras de pa- drões e construtora de significados. Boa leitura. Vitor Mesquita 1 RAMIL, Vitor. Grama Verde, À Beça, 1995. 2 BAUMAN, Zygmunt. A sociedade individualizada. Rio de Janeiro: Zahar, 2014. 3 PINK, Daniel H. O Cérebro do futuro. Rio de Janeiro: Campus, 2007. Curador editorial Vitor Mesquita Coordenadora geral Andrea Costa Editora executiva Clarissa Eidelwein Produtora executiva Nonô joris arte produtora Assessoria de imprensa GIRA PRODUÇÃO E CONTEÚDO Revisora Greice ZENKER pEIXOTO Produtor gráfico JOÃO PEDRO QUADROS Impressão Gráfica Ideograf 1000 exemplares realização e execução produção financiamento apoio cultural

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